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O The West Australian conversou com a atriz sobre a franquia de filmes baseada no best-seller de Anna Todd, o processo de quarentena, Moxie e muito mais. Confira a tradução da matéria na íntegra:

Uma janela do Zoom se abre e lá está a atriz de Perth, Josephine Langford, sentada no sofá de sua casa em Los Angeles, como uma estrela de cinema que acumulou mais de US$ 200 milhões de ingressos em bilheterias.

“Olá, é um prazer vê-lo novamente”, diz ela.

A palavra chave aqui é “novamente” porque há um sentido inevitável de déjà vu em torno dessa chamada de Zoom em particular. Veja, a grande maioria do acúmulo de bilheteria mencionada foi gerada pela franquia de filmes ‘After’, que atualmente está no seu terceiro filme ‘After: Depois do Desencontro’ lançado este mês, com o quarto e último filme estreando no próximo ano (2022).

Esta não é a primeira vez que a jovem de 24 anos fala com o The West Australian sobre isso. Mesmo que não fosse por nossa obsessão com histórias de sucesso locais (a famosa irmã da atriz, Katherine, atriz da série ‘Os Treze Porquês’), Langford seria a escolha óbvia para a entrevista porque ela faz um ótimo trabalho como Tessa, a personagem principal da franquia. Nesse aspecto, sua personagem é comparável à Anastasia Steele em ’50 Tons de Cinza’ ou Bella Swan em ‘Crepúsculo’.

Da mesma maneira, a jornada de Tessa da ingenuidade à autoconfiança é um ponto chave da trama, mesmo que seja focada em relacionamentos, particularmente aquele contínuo e turbulento com o ‘bad boy’ de After, Hardin Scott (Hero Fiennes Tiffin).

Não tínhamos certeza de que Dakota Johnson (Steele) e Kristen Stewart (Swan) iriam construir enormes carreiras além dos limites de suas franquias, assim como era o fervor das respectivas bases de fãs, Langford reconhece que há prós e contras para ela também.

Josephine: Acho que os prós são os fãs maravilhosos e muito apaixonados que gostam dessa história, onde, na verdade, não tem nada a ver comigo, eles simplesmente amam essa personagem”, diz ela. “E acho também que os prós são as coisas que aprendi ao longo do caminho com as experiências nesses filmes, ninguém pode realmente ensinar à você e você só precisa aprender com experiências.

The West Australian: E quais são os contras?

Josephine: Bom, as pessoas podem não querer me ver em outro papel porque podem pensar, ‘Oh, essa é a garota de After’, e isso acontece muito, mas não há nada que você possa fazer sobre isso, então eu não me preocupo com isso.

Para aqueles que chegaram tarde, a franquia ‘After’ foi criada em meio à uma fanfic do One Direction, que explodiu na internet no aplicativo Wattpad, em 2013. A americana Anna Todd, na época uma aspirante a autora, escreveu os capítulos enquanto estava desempregada, contando à revista Cosmopolitan em 2014 que fazia isso como uma forma de se manter ocupada depois de não conseguir um emprego em um call center. Todd passava horas, a cada dia criando um mundo de fantasia no qual Harry Styles, da banda One Direction, foi reinventado como um ‘bad boy’ chamado Hardin Scott, que frequenta uma faculdade nos Estados Unidos onde conhece o amor de sua vida, Tessa. Com cerca de 90 à 80 capitulos do primeiro livro de Todd no Wattpad, sua popularidade disparou, fazendo com que editoras e estúdios de cinema entrassem em ação, resultando em um acordo para vários livros no mundo offline e um primeiro longa-metragem em 2019. Agora, sua série de livros liberados no Wattpad foi lida mais de 1,5 bilhão de vezes, enquanto o filme, foi feito por apenas US$19 milhões (cerca de R$ 107.427,90) pela diretora Jenny Gage, arrecadando quase US $109 milhões globalmente em bilheteria (aproximadamente R$ 565.410,00).

Depois de não ser muito bem recebido na crítica, a bilheteria do filme foi considerada uma das surpresas daquele ano, mas, pensando bem, já havia uma fórmula para esse sucesso. ’50 Tons de Cinza’ foi adaptado de um livro que foi originalmente concebido como uma fanfic de ‘Crepúsculo’, e arrecadou mais de meio bilhão de dólares nas bilheterias alguns anos antes. Uma sequência em 2020, ‘After: Depois da Verdade’, arrecadou US$65 milhões e, em um ambiente teatral gravemente afetado pela pandemia este ano, o terceiro filme rendeu US$27 milhões antes do estúdio fazer a chamada para vendê-lo aos serviços de streaming. O que nos leva para o lançamento do último filme, ‘After: Depois da Esperança’, ainda será lançado, mas o estúdio se comprometeu à fornecer uma conclusão para os fãs quando deu sinal verde para a produção consecutiva da terceira e quarta parte. Para Langford, isso significou deixar Los Angeles no ano passado para uma longa filmagem de 4 meses na Bulgária, enquanto o covid se espalhava pelo mundo.

O processo de quarentena e produção fez com que a australiana e seus colegas de elenco ficassem confinados a um andar de um hotel durante grande parte do tempo na Bulgária, mas Langford adotou a abordagem de vidro meio cheio para o que pode ter sido a ideia de “inferno” para algumas pessoas.

“Acho que isso, para algumas pessoas, definitivamente, teve os seus desafios”, admite Langford. “Mas eu achei que era uma excelente maneira de conhecer muitos dos novos membros do elenco, que vieram à bordo para os filmes, e nós realmente jogamos muitos jogos de tabuleiros e fizemos muitas travessuras. Quando você está trabalhando com pessoas que irão interpretar seu melhor amigo, você começa a se relacionar com elas fora do trabalho, acho que isso é muito útil.” Pressionada para falar sobre as ditas pegadinhas, Langford, para seu bem, recuou: “O que acontece na Bulgária, fica na Bulgária.”

“Éramos só eu e outro ator… e não sei como começou, mas acabou quando ficou demais”, lembra ela. “E eu acho que foi quando uma mesa de jantar inteira foi usada para cobrir minha porta (do quarto de hotel), então estava chegando ao ponto em que tivemos que parar, mas foi muito divertido”. Embora a pandemia tenha permitido brincadeiras búlgaras, Langford lamenta que não tenha tido a oportunidade de retornar à Perth, onde ela e sua irmã mais velha Katherine cresceram, em Applecross.

Katherine, é claro, ganhou as manchetes no início deste ano, mas a mais nova das talentosas irmās Langford, está acostumada à estarem separadas. E, mesmo que tivessem o mesmo código postal, as irmãs raramente falam sobre negócios. “Nós realmente não falamos sobre isso”, admite Langford. “E não conseguimos nos ver por causa da covid – ela não está nos Estados Unidos no momento, e eu, você sabe, não estou na Austrália. Mas acho que é muito bom ter outra pessoa na indústria, da qual você está próxima, porque há coisas que você aprende.”

Tal conselho pode ser crítico, pois Langford traça um novo rumo após ‘After’, porque a seleção do papel é fundamental quando um ator está procurando escapar de um papel antigo. Assumir um papel pequeno, mas significativo, no filme da Netflix, da grande comediante americana Amy Poehler, no início deste ano, Moxie, foi um bom começo. “Amy Poehler, estou tão feliz que ela é tudo que você pensaria que seria,” Langford admite. “Ela é tão inteligente, divertida, gentil e positiva, e foi um ambiente tão seguro, profissional e encorajador naquele filme.”

O futuro parece brilhante para a atriz de Perth, mas ela sabe que ainda tem negócios inacabados para uma legião de Afternators obstinados (sim, isso é uma coisa).

“Vejo vocês de novo em um ano”, diz Langford com um sorriso.

Fonte: The West Australian. | Tradução e Adaptação: Josephine Langford Online.